Saiba quando trocar a correia dentada do seu automóvel

Ao adquirir um automóvel usado, qual seria a primeira peça fundamental a ser trocada? Essa é uma pergunta que todos os motorista de carros usados deveriam se fazer, porém isso não é uma realidade. Com certeza a primeira coisa a ser observando nesse caso seria a correia dentada. E porque? A correia dentada é um componente de vital importância para o funcionamento do motor e muitas vezes é esquecida. Quando ela arrebenta, os prejuízos são grandes. Ou seja, é uma peça barata de ser troca, porém podem trazer prejuízos imenso quanto não observada.
A função da correia dentada é manter a sincronia entre o virabrequim – que transfere a força do motor às rodas – e o comando de válvulas, responsável pela entrada e saída de gases no cilindro.
Quando a correia se parte, esta sincronia é quebrada e o pistão – comandado pelo virabrequim – atinge a válvula, que geralmente está aberta e com sua cabeça dentro do cilindro. Os danos podem se estender ao próprio comando de válvulas, aos tuchos – que comandam a abertura e o fechamento das válvulas – e podem até danificar as bielas do motor.
E como saber se chegou a hora de trocar a correia dentada do meu automóvel? A resposta é depende. Primeiramente caso seu carro seja novo você deverá seguir o manual do automovel, ou seja, os fabricantes recomendam que a quilometragem ideal para a troca no manual do proprietário. No caso de dúvidas, faça a substituição a cada 40.000 quilômetros. Nos modelos Fiat como motores FIASA 1,0 e 1,5 (utilizados até 2001), faça a troca a cada 30.000 quilômetros.
Os modelos multi-válvulas – 16V, 20V ou 24V – requerem mais atenção ainda, pois geralmente contam com dois comandos de válvulas. Além disso, os comandos destes motores costumam ser mais pesados, exigindo mais da correia.
Mas por outro lado, caso tenha adquirido usado, a minha dica pessoal para você é corra a oficina e troque, mesmo que a correia do seu carro esteja parecendo nova.
Além da correia dentada também é necessário trocar o seu esticador que é composto de um rolamento que pode apresentar folgas ou mesmo travar provocando o rompimento da correia. Muitos mecânicos trocam somente a correia deixando o esticador velho ─ que estando deformado ou com folga pode danificar a correia nova ─ reduzindo sua vida útil.
Em muitos modelos, a correia dentada também aciona a bomba d’água, mais um item para acelerar o seu desgaste.
Fique atento aos ruídos provenientes do motor do carro. Em marcha lenta (ponto morto, sem acelerar), a correia costuma emitir um ruído intermitente e agudo. Esse é o melhor sinal de que a hora da troca já passou.
Motores como o Endura e o Rocam, da Ford, e os que equipam a Mercedes-Benz Classe A não utilizam correia, substituída por uma corrente metálica que dispensa trocas.
A troca da correia é relativamente barata ─ podendo variar de R$ 80,00 a R$ 1.000,00 (em alguns importados) ─ por outro lado, a retífica de cabeçote e troca das válvulas amassadas, que no caso de um nacional com motor oito válvulas fica em torno de R$ 3.000,00 podendo chegar em modelos importados a 15.000 reais.

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